Crônicas do dia-a-dia louco e insano que passamos correndo sempre, sem sequer olhar profundamente para si mesmo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sábado Compulsivo

Quase meia noite. Se arruma na frente do espelho e não se sente muito bem com o que veste.
Mesmo assim, sai em direção da porta da frente. Desce três lances de escada, mais alguns passos está na rua. Poluição, carros, gritos, fedor de urina, gente vendendo, gente rindo, gente oferecendo, gente bebendo.
Começa o trajeto para a boa da noite, passa por algumas pessoas, tudo brilha e fede. Tudo fala e é surdo ao mesmo tempo.
O local está cheio, observa algumas pessoas que estão do lado de fora fumando, bebendo e falando banalidades. Resolve entrar, pega um dose de vodca e uma cerveja, vai para rua, fuma alguns cigarros, as coisas ao seu redor continuam a se mover loucamente, carros passam a cada vez mais rápidos e em grandes números, profissionais da noite desfilam pra lá e pra cá, oferecendo o que pode oferecer.
Quase duas da manhã, A "sede" começa a ficar cada vez mais insuportável. Depois de tomar umas cinco doses de vodca, algumas tantas cervejas, fumando vários cigarros e conversado com várias pessoas, interessantes ou não, é hora de saciar a sede.
Desce a escada do bar e entra na pista. A música é extremamente dançante e delirante. Sente como se estivesse em outro planeta. Laser verdes explodem por toda a parte, pessoas dançam freneticamente, se esfregam em todas as direções, corpos suados dançam como um só.
Ela se aproximou, dançaram durante alguns minutos, que pareciam anos, pois assim entravam em contato pelo tato e olfato. Ela quer companhia no banheiro. A porta se fecha. Uma carreira desaparece, as bocas se encontram vorazes, o tato se torna mais intenso, mais selvagem, a sede por sexo e logo mais o climax. O banheiro fica novamente vazio, mas a sede ainda está forte, depois de ir mais duas vezes ao banheiro fazer as carreiras desaparecerem e a sede ser um pouco saciada com outras duas estranhas, a noite continua rolando solta.
Sente duas mães fortes em torno de seu corpo, a barba raspando sua nuca, dança no rito do cara, que lhe diz obscenidades no ouvido, ele quer te chupar, quer gozar com você, quer delirar em teu corpo, a excitação aumenta mais e mais.
Correm pela rua de mãos dadas, param em algumas esquinas pra se beijar e se tocar com tesão.
Entram no apartamento do rapaz barbado, quase sem roupas. Se deitam em uma cama de casal, o ar do apartamento é de ressaca e cigarro barato, com a habitual essência de sexo que todo apartamento de solteiro libera pelas paredes.
Sexo, sexo, sexo, sexo é somente isso que se passa nessas almas.
Depois de muita saliva, dentes, unhas, pubianos, contrações, suor, dor, tesão e gozo. A sede goza loucamente.
Olhando o teto, o único pensamento que tem em sua cabeça é....

Quero outro cara.

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei do Blog...
Seguindo vc ai... Abraços!

http://matheusgaudard14.blogspot.com/