Crônicas do dia-a-dia louco e insano que passamos correndo sempre, sem sequer olhar profundamente para si mesmo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A realidade

Essa situação deixa cada vez mais a vida dele angustiante.
Sua falta de propósito, sua falta de rumo na vida, sua falta de esperança em si.
Ontem tudo tinha um "caminho", hoje os caminhos são confusos e difíceis.
A solidão tem sido seu único consolo para a depressão.
A bebida tem sido companheira em todas as horas, depois do abandono.
A nicotina tem sido o alimento, porque fome não se tem.
As drogas tem sido os sonhos e as fantasias, porque essas, se foram com o vento.
Todos os dias a mesma rotina.
Todos os dias os mesmos pensamentos.
Como acabar com tudo? Como acabar com essa dor? Como acabar com essa existência?
Não, não... isso é para os fracos.
Os fortes de verdade, aguentam tudo o que a vida lhe impõe.
Os fracos desistem de si mesmos e criam personagens pra viver, máscaras, mas sempre acabam na mesma merda!
Mentindo para todos, mas na verdade se mentem para si.
Ele nunca precisou de personagens, nem de máscaras. Sempre mostrou a verdade nua e crua de seu corpo e de sua alma. Mas nunca se manifesta, porque afinal de contas, ele não pode se dar ao luxo de ser a vítima da história, ele é apenas coadjuvante, ou seja, quem se importa afinal?

Ele levanta de manhã cedo. Depois de cheiras uma "fantasia" pra "animar", vai para o banho. Lá tem devaneios de como seria a vida dele se tivesse seguido os passos de alguns "mascarados" que conheceu durante a história.
Sai do banho ainda molhado, abre a geladeira na procura daquela vodca barata que ele comprou ontem, depois de vender mais de seus pertences numa esquina qualquer. Toma dois goles secos, direto do bico acabando assim com ela. Vai até o quarto na procura de um cigarro, não encontra a porra do maço, PORRA! Enfim decide se virar, pega um pedaço de papel de pão e orégano, isso mesmo, orégano. Fuma como se fosse um ex fumante, que não dá uma tragada a mais de 30 anos. O cheiro e gosto de pizza da ansia. Vômito.
Decide sair, precisa de mais bebida e de mais fantasias.
Para em um lugar aonde ele sabe que o dinheiro vem rápido.
O carro para. O motorista? Provavelmente um desses maridos enrustidos de merda.
Antes de entrar no carro combina o preço. 50.
O cara pensa, mas acaba aceitando. Eles sempre aceitam, afinal, tem que satisfazer suas vontades carnais.
O motel é tão asqueroso quanto o cara, mas ele está pagando pra ouvir elogios falsos, certo?
O hálito do cara é de esgoto, seu corpo parece de um velho, ele faz o que quer. Beija, sorve, chupa, aperta, morde, esfrega...
Fala as mesmas idiotices que eles adoram falar: - "Como você é bonito. Como seus olhos são lindos. Como, blá blá blá..". Porque não vão logo ao que interessa? Querem meter ou conversar?
Depois de alguns poucos minutos de dor, suor e nojo. Se termina tudo.
O cara vai ao banheiro, se lava e volta como se nada tivesse acontecido.
Deixa o rapaz no mesmo ponto. Ele por sua vez corre até o mercado próximo, ainda com cara de vômito, roupas sem lavar e com o corpo fedendo o hálito daquele imbecil.
Vai as compras.
Vodca de quinta.
Maço de cigarros.
20 já foram.
Desce até a casa do "cara".
O resto do dinheiro fica ali.
Já em casa, toma a vodca, fuma o cigarro e cheira mais duas "fantasias" pra "comemorar".
Encosta em um canto da casa vazia e cheia de restos e adormece.
Sendo assim, ouve uma voz: - É hora de acordar.

No final das contas era apenas um sonho. Mas que durante os dias, as vezes consegue ser a realidade na sua mente, que está cansada de tanto sofrimento, dor e merda!

terça-feira, 18 de maio de 2010

SICKO - $O$ Saúde, um filme de Michael Moore

Dessa vez não vou contar nada obsceno, quer dizer... Depende de seu ponto de vista.
Em ano de eleição, acho que todo e qualquer brasileiro deveria procurar um pouco sobre seus candidatos, a mídia fantasia tudo o que vemos, por isso devemos procura mais a fundo.
Assiste hoje esse filme, "SICKO - $O$ Saúde", do diretor de "Fahrenheit 11 de Setembro", "Tiros em Columbine" e "Cartas da Zona de Guerra", Michael Moore. Por mais que a mídia sempre cause um certo impacto nesse tipo de filme, eu quis ver mesmo se era tudo isso. No final das contas, fiquei de boca aberta, com lágrimas nos olhos e com um sentimento de indignação e raiva infinito. Hoje em dia, todos os brasileiros reclamam da Saúde no país seja paga ou gratuita, eu por muitas vezes reclamam de demora no atendimento, nos exames, no preço dos remédios e afins. Não que não devemos reclamar e usar isso como critério de voto, com certeza devemos prestar a atenção nesse tipo de coisa. Hoje no Brasil, a maioria das pessoas que usam planos de saúde, são trabalhadores que conseguem os planos por meio de empresas, mesmo assim pagando caro por um serviço básico para qualquer cidadão. Todos os dias nos jornais televisivos, assistindo atônitos cenas absurdas de hospitais em cidades "x" cheios de pessoas na espera pra ser atendido, pessoas morrendo em filas de hospitais ou então a dificuldade de se conseguir um transplante. Mas se você ver como é isso no EUA....
Lá você trabalha como um condenando (literalmente falando) tem que pagar preços ABSURDOS por consultas, exames, internações, remédios, tratamentos, coisas absurdas, como pagar por uma bombinha de ar que custa US$ 120 doláres. Tudo o que há de pior em saúde no mundo está nos EUA. Eles são capazes de não atender você, por você não ter dinheiro pra pagar ou se o seu plano de saúde não tiver convênio com o hospital, os planos de saúde não deixam você ser um segurado se você tiver um quadro de doenças na sua vida, entre elas diabetes, autismo, pressão alta, HIV até mesmo doenças venéreas, ou seja, ele cuidam da saúde de quem? Essas mesmas empresas de saúde, negam exames, tratamentos, remédios até mesmo operações, que podem salvar vidas, só querem mesmo é saber do dinheiro. Tem hospitais em que se você não tiver plano de saúde pra pagar por um atendimento, eles simplesmente pagam um táxi pra te jogar na sarjeta de um hospital público, mesmo se você estiver com pontos ainda abertos ou com o soro ainda na veia! Moore, vai a outros países de 1º Mundo e até mesmo em Cuba, ver como as pessoas desses países são tratadas, até mesmo quem é apenas turista ou imigrante. Na Grã-Bretanha, você não paga nada pra se consultar com nenhum médico, você não paga nem pra ir até o hospital, eles pagam o dinheiro de volta pra você, seus remédios, TODOS saem pelo mesmo preço, não importa quantidade, se você tem tomar 2 tipos de remédios, você pagam 6,95 libras ou euros, se você tem que tomar 120 comprimidos você vai pagar o mesmo valor! Na França, além de tudo isso, você tem médico na sua casa a qualquer hora da manhã e por qualquer motivo, sem pagar nada. Para as grávidas, tem o direito de 6 meses de licença maternidade pagas e se quiser você pode tirar mais 6 meses, sem o risco de ser mandado embora, se ficar doente, fizer uma operação e achar que o tempo dado inicialmente pelo médico é o suficiente, eles te dão mais tempo, seja ele, semanas ou meses, tudo pago pelo governado e o empregador! E até em Cuba, eles são atendidos com mais dignidade e respeito, tendo até mesmo um grupo de voluntários do 11 de setembro que não foram ajudados pelo "Fundo dos Heróis de 11 de Setembro" pois não estavam trabalhando no dia e simplesmente foram ajudar e não recebem ajuda do governo por isso, receberam um tratamento gratuito (como todos os habitantes de Cuba) no hospital, aonde os "comunistas inimigos" cuidam melhor do seu povo e dos outros, do o EUA herói, que cuida MUITO melhor de terroristas capturados pela CIA que estão presos em Guatanamo. Além disso, França e Grã-Bretanha tem outros tipos de auxilio do governo, como ensino superior gratuito e creches com valores mínimos e tudo isso, com a taxa de contribuição que você paga no holerite, sabe aquela taxa chata que você paga de 7% ou mais no salário? Lá é usando pra ajudar o povo de verdade!
Enfim, gostaria que quem ler isso, procure esse filme antes de votar, mas veja com bons olhos, porque assim, você vai saber como decidir quem deve receber seus votos, quem deve governar esse país, para que um dia ela seja um país de primeiro mundo, mesmo que só no campo da saúde, e não um país que deixa seu povo na sarjeta, pagando muito dinheiro pra receber algo essencial para viver.
Termino esse texto - enorme por sinal - com uma frase que ficou na minha cabeça durante todo o filme:

"Se você tem dinheiro pra matar pessoas, pode conseguir dinheiro para ajudá-las (salvá-las)"

Tony Been, membro do parlamento britânico.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Hipocrisia com Alejandro

Estava no canto do bar, esperando o tempo passar para poder ir embora. Estava de saco cheio de ouvir as mesmas conversas, as mesmas piadas, as mesmas músicas, de ver as mesmas pessoas. Mas era sua unica opção. Sentou-se no balcão e pediu uma cerveja para o barman, que por sinal era uma das poucas coisas que se podia sempre apreciar no bar. A cerveja estava bem gelada, do jeito que ele gostava. Olhou mais uma vez para o relógio, quase meia noite, era hora de pagar a conta e ir embora.
- Está com tanta pressa assim? - perguntou um rapaz que acabava de chegar ao balcão.
- Não, não, mas é que já está tarde e eu prec.... - ia já se levantando, mas o rapaz interveio. Colocou a mão em seu braço e disse:
- Fica mais um pouco, estava te olhando do outro lado do bar e só tomei coragem de lhe falar agora, fica pelo menos pra tomar uma cerveja.
O convite era muito tentador, afinal, não é todo dia que alguém jovem e bonito se interessa por um homem na casa dos 30. O rapaz era alto, devia ter lá seus 1,80m, mexicano, de cabelos pretos e lisos, um sorriso que ao mesmo tempo era doce e safado. Belos olhos castanhos, coisa linda de se ver, uma voz grave, com barba por fazer, com mãos grandes. Usava uma camiseta branca por baixo da jaqueta de couro, o que lhe dava um ar de seriedade e compromisso para alguém que estava no início da maioridade, porque afinal de contas aparentava ter lá seus 20 anos, dele vinha um aroma de baunilha e madeira que excitava quem quer que fosse. O papo foi rolando solto, sem neuras, conversaram sobre suas afinidades, sobre seus gostos, suas preferências musicais, para filme, livros...
Quando percebeu já era três e meia da manhã, devia a muito estar em casa. Se despediu do rapaz, cujo o nome, a essa altura da bebida, era impossível lembrar. Um olhar. Um sentimento. Um calor.Quando percebeu, estavam se beijando loucamente em um beco próximo ao bar, a língua e as mãos do rapaz, sabiam muito bem aonde ir, não precisava de guia, nem livros pra ensinar.
- Acho melhor irmos pra um motel. - disse sussurrando de prazer ao seu ouvido.
- Moro aqui perto, vamos até meu apartamento.
Foram apressados, como se alguém os perseguisse. Chegaram ao apartamento.
Beijos de desejo. Beijos de loucura. Os corpos nus se entrelaçando loucamente.
Gemidos. Suor. Gritos. Sussurros. Unhadas. Mordidas.O orgasmo foi intenso e prazeroso. Queriam mais e mais. Não se sabia se pelo desejo carnal, a muito tempo sem ser saciado ou pelo efeito gozativo que o álcool lhe proporcionou. Permaneceram nessa transa sem fim, durante horas. Prolongaram durante dias.Os dois homens, trancados dentro de um apartamento, vivendo apenas de sexo. Apenas de orgasmos sem fim, durante 3 dias.
Na noite do terceiro dia, o rapaz decidi ir embora. Um longo adeus.Promessas de um novo encontro, trocam telefones, e-mails, perfis e se despedem.
Sozinho, enquanto arrumava toda a bagunça feita pelos seus atos carnais e selvagens com o jovem rapaz, se lembrou de algo.
Minutos depois estava no aeroporto, esperava ansioso, achando que poderia ter se esquecido de seu compromisso. Mas quando avistou, sabia que estava ainda no horário.
- Oi meu amor! Que saudade de você! Tudo bem por aqui? - perguntou a mulher que o abraçava bem forte, com seus braços miúdos, suas mãos pequenas, mas que em uma delas estava um aliança de casamento.
- Oi meu amor! Que saudade eu estava de você também! Está tudo bem por aqui sim, me conte como foi de viagem? - perguntou ele com uma voz doce, de quem está com muitas saudades!
- Ai, Paris é uma delícia, da próxima vez, quero ir com você! O único problema é que aonde fiquei, tinha muito daqueles bares de gays, argh! Que nojo! Alguns até parecidos com aquele próximo de casa. Queria que as autoridades dessem um jeito nesses demônios!. - disse a mulher com um certo nojo, bem na hora em que passava por perto um casal de homens. - Deveriam ter vergonha! - disse em voz alta.
Enquanto sua mulher tinha seus devaneios por holocaustos religiosos, ele apenas pensava em sua pequena aventura. Seu segredinho sujo.


E seu nome... Alejandro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ônibus

O som rolava infinitamente alto em suas orelhas, pensava apenas em chegar em casa e descansar. O ônibus não chegava nunca, estava no ponto no mínimo uma meia hora e estava começando a pensar em ir a pé ou chamar seu pai, que a muito contra gosto viria buscá-lo.
Chegou o ônibus, subiu, pagou sua passagem e se dirigiu ao fundo do ônibus como de costume. Como sempre o ônibus estava um pouco cheio, mas ele conseguiu um lugar no fundo para se sentar. Continuava a ouvir a música alta, era algum rock underground - "Well, everytime I feel you're coming round, you're going down/ You hit the ground with every force, it makes no sense or sound /God bless your soul girl/ Now you got the whole world/ I'm on my way now /I'll get there somehow..." - quando percebeu um rapaz. O rapaz usava um jeans já surrado pelo tempo, uma camiseta branca justa mas ao mesmo tempo larga no corpo esbelto, um camisa de flanela vermelha, um boné meio desgastado como a calça, tênis brancos e também ouvia música pelos seus fones. Parou próximo. Olhando admirado pela beleza iminente do novo passageiro, conseguiu até mesmo sentir o perfume dele, misturado ao suor da sua pele. Pele branca. Pele clara. Pele fácil de marcar. Marcava as veias sinuosas dos seus braços, com mãos grandes e bonitas, com dedos fortes e cheios de anéis. O rapaz então olhou. Viu que era observado, mas pela incerteza de seus olhos castanhos claros, demonstrava que ainda não entendia o porque de ser o observado. Viu o restante do rosto do rapaz. Sua barba clara por fazer, as poucas mexas que o boné deixava mostrar na testa.
Se iniciou então uma dança de olhares de desejos compulsivos.
Imagens dançavam eternamente em suas mentes, pode sentir o toque do rapaz por seu corpo, caminhando lentamente até o início de seu sexo, pode sentir o aroma de seu hálito, o cheiro doce e seco que saia de seu cabelo, se sentiu cada vez mais excitado, a ponto de consumir sua ânsia de desejo e volúpia ali mesmo, em um sujo e cheio ônibus.
O rapaz se aproximou, tirou seus fones, tirou os outros fones e disse:
- Me chame de seu.
Em resposta:
- Não, te chamo de meu, e tu também me chamarás assim.
Se olharam durante todo o percurso, sem trocar nenhuma palavra aos olhos dos outros. Mas entre olhares de desejos e carne, os amantes se conheciam mais e mais. Desceram algumas quadras de distante da casa do primeiro. Entram em uma casa pequena no fim de uma rua cheia. O cheiro de casa diferente, que sempre era uma impressão esquisita de se sentir, não era diferença agora, porque nesse momento os corpos que antes estavam em pura tensão sem saber o que fazer, agora ensinavam um ao outro aonde tocar, aonde sentir, aonde beijar, aonde cheirar, aonde arranhar, aonde lamber, aonde chupar, aonde apertar, aonde....
Dois corpos unidos. A sensação de prazer, paixão, de carne na carne....
O ápice estava próximo os dois sabiam, mas ao mesmo tempo, não queriam.
Ficaram assim durante horas incontáveis, insaciáveis... Até o orgasmo.
Dois cigarros.
Dois cafés.
Dois corpos suados e gozados, sentados em uma cama.
O rapaz diz:
- Acho que quero te chamar de meu pra sempre.
Em resposta:
- Acho que quero te ter pra sempre.
Beijos...
Beijos...
Beijos...

Qual é o seu nome?

Vazio

Por mais que pareça mais uma daqueles textos tristes e depressivos, esse texto é apenas uma reflexão da minha mente insana e inquieta que deseja escrever às 3 da manhã.

Todo ser humano se sente vazio em algum momento da vida. Não que ele perca as suas qualidades, suas conquistas, seu caráter, enfim... Há sempre um momento em que por leves segundos, ficamos apenas sem pensar em nada, sem reagir a nada, sem sentir nada. Pode ser em momentos traumáticos, em momentos de pura surpresa ou decepção, mas todos os seres humanos que conhecem e cultivam seus sentidos, já deve ter passado por isso.

Eu, por exemplo, me sinto vazio com a pobreza, com a incapacidade de ajudar alguém que realmente precisa do outro lado do mundo ou do outro lado da rua, me sinto vazio ao ver alguém sofrer, chorar de verdade, aquele choro sofrido de deixar até mesmo o pior dos vilões comovido de verdade. Nas coisas boas eu também sinto vazio, depois de receber um elogio perante meu trabalho ou até mesmo perante a alguma ação feita para alguém, um amigo, um parente. Sinto-me vazio após orgasmo (oras, porque não?) seja ele no final de uma transa deliciosa e carnal, ou de “amor” (como dizem por ai) ou então, quando se acaba em uma bela “punheta”. Sinto-me vazio quando decepciono alguém que amo, alguém que tenho apreço, alguém que eu odeio também, porque já se começa sendo vazio a odiar alguém, mesmo que essa pessoa mereça isso. Vazio com traição, tantas minhas como as de alguém, com mentiras, tantas as minhas como as de alguém, com vinganças, tantas as minhas como as de alguém.

O que eu quero dizer, que mesmo você sendo um lorde irlandês, mesmo você sendo um favelado, mesmo você sendo um artista famoso, mesmo você sendo um “Zé ninguém”, em algum momento da sua vida – que pode estar ai em cima – já se sentiu vazio.

Mas sabe o que isso significa? Significa o seu corpo, sua alma, seu cérebro, seu espírito se comunicando com o mundo, com o que acontece ao seu redor, porque momentos depois que você tem esse vazio, você percebe várias coisas, como a pobreza é uma bosta, como a preguiça ainda vai te matar, como é triste ver alguém chorar, como é uma delicia ser elogiado por quem quer que seja, como é delicioso (pode-se até mesmo soletrar bem devagar) gozar, ser gozado e continuar gozando, o como é humilhante decepcionar alguém, seja ela amiga ou não, como a traição é uma atitude repugnante e mesmo se ela for de ti, sinta nojo de ti por pelo menos cem anos, como as mentiras e as vinganças não levam a nada e nem te deixam mais bonito (a).

No final de tudo isso, vejo que o “vazio” na verdade, é apenas a nossa capacidade de lidar com as situações da nossa caminhada que chamamos de vida, que esse “vazio” na verdade significa nada mais, nada menos do que “pontos de evolução”, pontos que nos ensinam a crescer e viver como seres humanos de verdade, com plenas consciências de que no dia em não se sentir mais esse vazio, terás feito sua jornada nessa vida.

Ou na verdade, isso é tudo bobagem de um cara sem sono, querendo se passar por sabe-se lá o que...

Boa noite, que dizer, bom dia.

Sábado, oito de maio de 2010 – 03h40min