Crônicas do dia-a-dia louco e insano que passamos correndo sempre, sem sequer olhar profundamente para si mesmo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Faz tempo que tudo anda bagunçado.

Faz tempo que tudo anda bagunçado.
A minha mente anda muita cansada de pensar, de tentar me explicar o que devo fazer.
Ando com tudo a flor da pele, saca?
Fome, sede, raiva, tristeza, solidão, angústia, falta de amor, falta de sexo, fala de felicidade.
Ando vivendo os dias cada vez mais perdido.
Troquei o dia pela noite, a água pela cerveja, a rua pelo quarto, a cadeira pela cama, as pessoas de verdade pelas que ficam atrás da tela do computador, os 4 cigarros por dia por um maço.
Troquei muita coisa, os remédios não ajudam mais como antes, fazendo com que minha cabeça ficasse em um estágio de total vácuo, muito pelo contrário, ando pensando demais, sentindo demais, lamentando demais.
A cada dia que passa, tento me erguer, mostrar que ainda tenho forças pra lutar.
Mas a preguiça, a tristeza, a baixa confiança e muitas outras, não me deixam sair desse quarto, sair pra ver o que o mundo ainda pode me oferecer, porque na minha cabeça, ele não pode oferecer mais nada além desse arrependimento diário.
Olho pra trás e ainda consigo ver no meio dessa massa cinzenta de depressão e raiva, as imagens do que eu era antes, antes de tudo ser quebrado, de tudo ser destruído, aniquilado...
Olho e vejo que as vezes nem tudo o que passamos na vida, são para o bem.
Tem coisas que simplesmente acontecem, pra machucar, pra ferir mesmo. E esse tipo de coisa, as vezes não machuca na hora, mas marca e essa marca aparece pra doer bem depois.
A traição, a demissão, a vergonha, a luta perdida... Por mais que use isso pra justificar muita coisas, dizendo que depois disso me tornei melhor, não é verdade. É somente mentiras que dependendo de quantas vezes eu as contos, elas viram verdades na minha mente.
Mas mesmo assim a minha mente, continua a me levar para essas lembranças, como se fosse pra eu não ter mais esperanças! Nem em mim e nem em ninguém...
Como se tudo não passasse de uma guerra perdida.
A única coisa que eu sei é que tudo poderia ter sido de diferente, desde o começo, mas infelizmente não posso consertar nada, absolutamente nada.
Por isso tenho que aprender a viver com toda essa culpa, vergonha, tristeza, raiva, decepção...
Tenho que aprender a viver, mas.... como?

Um comentário:

Gabriel disse...

Pois é né? Sabe que me sinto assim as vezes... e quando está tudo bagunçado a gente precisa colocar a casa em ordem... os sentimentos em ordem... o coração em ordem e a mente em ordem... E por mais duro que seja, jogar fora o que nao presta, mesmo que isso seja o que nós mais estimamos... é preciso desnudar-se de si por completo pra um novo EU, um melhor EU nascer... enfins... pensar.. refletir... fechar pra balanço... e depois abrir-se sob nova direção